quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Entre harmonias e melodias...

E a chama se acende outra vez, rasgando notas e desafiando o sentir. As vezes eu sinto, é o paralelo com o meu outro ser. O silêncio toma conta por segundos e a chuva lá fora se transforma em sinfonia. Sinto o gosto de cada nota, a acidez de cada pingo e a doce harmonia com que o vento sopra, trazendo de volta algumas lembranças. A melodia se faz e as palavras desaparecem. Fecho meus olhos e o filme começa; transformando tudo em um curta-metragem de mim. Com cores vibrantes, um céu azul e uma luz que refletia do lago na mais bela junção de traços que eu vi, conheci o Sol. Um sorriso que te paraliza e um olhar que te suga a alma. Quem és tu? Meus prazeres e meus medos alí, desafiando o meu sentir. Aos poucos a melodia se desfaz e vai me retraindo lentamente ao meu eu. Como areia jogada ao vento, tudo desaparece. Mas toda vez que fecho meus olhos, tenho a breve sensação de que estou vendo o Sol pela primeira vez.

[ S i c k ® janeiro/10]